sexta-feira

Rocha Pombo


Rocha Pombo

A eleição para a vaga de Alberto de Faria que na Academia de Letras ocupou a cadeira que tem por patrono Varnhagen, constituiu um caso de solução difícil, mas teve desfecho lógico. No primeiro pleito, em 7 de abril de 1932, cinco eram os candidatos, porém, nenhum deles conseguiu eleger-se.
No segundo, realizado a 10 de novembro do mesmo ano, entre os cinco candidatos, figura um ministro de Estado, que contava com o voto certo de alguns acadêmicos.
Entretanto, na hora solene o ministro-poeta foi derrotado!
Veio o terceiro pleito e dele saiu vitorioso, por esmagadora maioria, uma das figuras mais respeitada das nossas letras, Rocha Pombo.
Desta vez, pelo menos, a Academia foi coerente, fazendo sentar na cadeira de Varnhagen o autor de uma obra monumental, através da qual nossa história é estudada com a mais absoluta segurança, com a beleza e maestria de artista.
Enobrecido pelo trabalho constante e honesto, Rocha Pombo é, sem dúvida, um valor expressivo das letras brasileiras,  que vai apenas honrar com sua presença, a Academia.