sexta-feira

Sua História tem Índios




            Durante séculos, os índios Caingangues dominavam a vasta região de terras do Oeste Paranaense., vivendo em fartura dada a grande fertilidade do solo, como também a sua exuberante fauna e farta psicosidade dos seus inúmeros rios. Mas por volta da metade do século XIX, os espanhóis tendo como amparo legal, as determinações e limitações do Tratado de Tordesilhas, cruzaram o Rio Paraná, vindos de Assunpção, chegaram às terras onde se localizariam mais tarde, Foz do Iguaçu. Foram recebidos pelos Caingangues como amigos. Entretanto os espanhóis tentaram escravizá-los. Liderados então, pelo herói Guiaráca, os índios reagiram violentamente. E a luta se estendeu por toda parte, nos vales do Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Taquari e Paranapanema. Os espanhóis tiveram que recuar. E os índios marcaram um fato histórico: era o primeiro passo no Sul do país que deslocava as fronteiras dos limites do meridiano de Tordesilhas. Foi assim, que então, a província paraguaia de Guaha, que abrangia todo território oeste do Paraná ficou apenas ocupadas pelas reduções dos padres jesuítas, que por sua vez não conseguiram mais atrair os índios, que os atacavam e destruíam suas vilas e povoamentos. Mais tarde, verificando-se que essas terras pertenciam à Portugal e não à Espanha, dois bandeirantes – Antonio Raposo Manoel Preto, depois de violenta luta com os índios destruíram os aldeamentos de Vila Rica do Espírito Santo e Ciudad Real  Del Guayra, aniquilando 15 mil selvículas e levando presos mais de 60 mil para serem vendidos em São Paulo.
            Mas, terminava a primeira tentativa de colonização da região.

Primeiros Moradores

            A história conta que remonta a 1881, a data dos primeiros povoadores de Foz do Iguaçu: o brasileiro Pedro Martins da Silva e o espanhol Manoel Gonzales, que subindo o Rio Paraná se estabeleceram nesta região. Anos mais tarde, em 1887 chegam nestas terras os irmãos Goyocachêa que se estabeleceram com exportação em grande escala de erva-mate. Isso fez com que a população do povoado aumentasse, com a chegada de famílias que trabalhavam na exploração ervateira, além de outras, oriundas de missões, em face de desentendimentos com o governo argentino da época.

Oficialização Nacional

         Mas, foi em 15 de julho de 1888 que chegou ao Oeste paranaense a Comissão encarregada pelo Governo brasileiro de tomar posse definitiva da região, entre as Sete Quedas e Foz do Iguaçu. Chamou-se de “Comissão Estratégica do Paraná” que estabeleceu a  “Colônia Militar do Iguaçu”.
            O ponto de partida para o povoamento foi a, a 23 de novembro de 1889, na margem do Rio Paraná, a seis quilômetros de Foz do Iguaçu, de uma colônia militar, dirigida pelo engenheiro militar José Joaquim Firmino. Foi ele que abriu uma picada de 60 léguas. O pessoal da Comissão Militar deu início a organização e administração da Colônia, que na época tinha uma população de 324 pessoas na sede, e mais 500 no interior do futuro município de Foz do Iguaçu. Em 20 de outubro  de 1892, a Colônia Militar do Iguaçu foi desmembrada da Comissão Estratégica do Paraná a cujo cargo ficou a construção da estrada até as divisas da Colônia. Em 19 de abril de 1905 foi instalada a repartição fiscal do Ministério da Fazenda (Mesa de Rendas) pelo poeta e jornalista paranaense Silveira Neto.
            Já em 1906, foi criado o Distrito policial e instalada e linha telegráfica ligando Foz do Iguaçu a Guarapuava. Em 1910 foi criado o Termo judiciário.


O Município, Enfim

            A Colônia Militar foi extinta em 1912 e a região passou à jurisdição do Estado.