Ao
Theodoro De Bona
Foi o dia de hontem, ao entardecer,
De emoção forte e ocasião feliz.
Na exposição de Bona eu pude ver
A arte que pelo verbo não se diz...
Pudesse eu com a Penna descrever
Das bellezas das cores o matiz
Falo-ia com vehemencia e tal poder
Que abalaria o mundo até raiz
Mas... impotente, a pobre musa exalta
Com voz sincera que jamais lhe falta,
O TITAN do pincel paranaense.
Saúdo em ti, De Bona, Illustre amigo,
A eterna Estirpe do Collosso antigo,
Que viu a luz em terra morretense!
E. B. Mori
Curityba, 12|03|1937.