A estadia
nesta cidade do vitorioso pintor conterrâneo Theodoro de Bona deu margem a que
a sociedade morretense homenageasse condignamente esse ilustre continuador da
portentosa obra de Andersen.
Dessa arte, as homenagens excepcionais a Theodoro no em da
sua chegada, em que as sociedades “Sete de Setembro”, “B. R. dos Operários”,
grêmios “Cruzeiro do Sul” e “Lyrio do Nhundiaquara” se fizeram apresentar e o
povo em massa, seguiram-se outras tantas promovidas pelo glorioso Clube Sete de
Setembro, cuja diretoria, numa visão perfeita de sua responsabilidade social
perante uma época, promoveu em sua rica sede, com a cooparticipação do seu
consócios e convidados, imprensa e autoridades, o Vinho de Honra com que
distinguiu os méritos do artista conterrâneo que, tal como Rocha Pombo, por
certo há de juntar muitas glórias à pátria e à terra natal hoje, tão jubilosa
com a sua vitória. A festividade no Sete de Setembro, para a qual, num requinte
de gentileza, as nossas sucursais foram convidadas; constituiu um esplendor,
uma magnífica serenata.
Deve ter sentido, Theodoro, o quanto
se estima os valorosos e que grande apreço lhe tem o povo de sua terra.
Theodoro jamais poderá fracassar. Da
sua retina, acreditamos, jamais se apagarão esses eflúvios benéficos, esse
incentivo patriótico e bairrista com que o cumulou o seu povo. Aquele que
sempre seguia-lhe espiritualmente nas suas vitórias e nos seus anseios pelas
terras de Daniel.
Diário da Manhã –
30|11|1936.